quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Satanismo e Influência Satânica


É um fato - raramente entendido e apreciado - que muitos indivíduos seguem a liderança criativa de alguns poucos. É também verdade que alguns desta maioria absorvem a criatividade de outros e a promulgam novamente - às vezes de modo levemente alterado, para clamar que aquele conheicmento é deles mesmos, e que as pessoas necessitam do estímulo de novas formas, idéias, e caminhos, nascidos através de um gênio criativo ou dois - para vitalizá-los e começar o processo de mudança interna e externa.


A história recente do Satanismo dá evidência disto. Vários tipos de Satanismo tem emergido durante os séculos, assim como tiveram vários expoentes para ele. Historicamente, Satanismo é frequentemente tomado ser - por aqueles desconhecidos com o Caminho da Mão-Esquerda - como Diabolismo; isto é, a invocação do Diabo e a composição de um pacto com Ele. Isto é evidenciado nos Grimórios medievais e naqueles que foram acusados de tais coisas. Mais tarde, vários indivíduos foram reconhecidos como 'Satânicos' ao ensinar uma forma de satanismo, o mais familiar sendo Crowley. Ainda mais tarde, várias organizações emergiram, cada clamando ser Satânica e cada ensinando o que eles consideravam como autêntico Satanismo. O mais significante destes são a Igreja de Satan (Anton Lavey), o Templo de Set (Michael Aquino) e a Ordem dos Nove Ângulos (ONA).


DIABOLISMO


Central para todas as formas é o medo - dos poderes, entidades invocadas. Então o uso de várias formas de proteção como os 'círculos'. O 'pacto', tão familiar dos grimórios e descrições do Diabolismo, era um entre um mestre (o Diabo) e um servo (o sacerdote). Implícito em todas as formas de Satanismo do tipo Grimório, é a crença (derivando da religião Nazarena) de Satan como um anjo caído no final das contas governado novamente por 'Deus' - havia sempre a possibilidade de ser 'salvo'. O Diabolista arquetípico era um desviado ou praticante Nazareno, cujas conjurações traziam excitação e um senso do 'proibido'.


CROWLEYISMO


Enquanto 'Thelema', como uma doutrina e crença, é considerada por muitos não-Ocultistas como 'Satânica', há muito pouco satanismo verdadeiro nela, ou de fato na própria vida e trabalhos de Crowley. O trabalho de Crowley é, de muitas formas, uma continuação de sociedades e grupos esotéricos influenciados pelo Oriente, ativos antes e durante seu próprio tempo - um tipo de Tantra Ocidentalizado, pesadamente imbuído de qabalismo. O seguidor arquetípico de Crowley é alguém versado em doutrinas Occultas e misticismo, que busca através de sexo e outros ritos certos estados de consciência, e quem é orientado em direção à uma crença em Thelema como uma nova fé/crença.


IGREJA DE SATAN


A igreja adquiriu um grande perfil na mídia devido à capacidade de espetáculos de LaVey. Ele expôs a filosofia do egoísmo não-iluminado e interesse próprio, junto com uma crença na carnalidade. Os rituais estão na tradição dos grimórios e imbuídos com simbolismo/noções qabalísticas (incluindo algumas derivando de Crowley). Mais adiante, o Diabo foi dispensado como um poder externo - fazendo o tipo Laveyano de Satanismo mais de um sistema prático de crenças do que uma perigosa (em termos Ocultos) tarefa.


TEMPLO DE SET


O Templo de Set foi e é, essencialmente, um desenvolvimento intelectual da Igreja de Satan. Ao original foi adicionado uma infraestrutura intelectual (derivando em parte das várias mitologias e tradições) e uma estrutura organizacional com o objetivo de fazer o Satanismo uma 'nova' religião, aceitável a um insignificante número de indivíduos. Ambas a Igreja de Satan e o Templo de Set (o último mais do que o primeiro) insistem na crença de sua própria versão de Satanismo - e esperam que o membro/aderente aceite/conforme. Há assim um encorajamento de dependência pelo indivíduo sobre o grupo (e em particular o líder(es) e Mestre).


ORDEM DOS NOVE ÂNGULOS


A Ordem primeiro emergiu na visão do público no início dos 1980 (eh), e basicamente ensinou que Satanismo era um meio de alcançar própria percepção e habilidades ocultas, e que isto pode ser feito apenas numa base individual através de direta, pessoal experiência.


O membro arquetípico da CoS era uma figura de robes negros que representava um 'papel', e quem colocava a realização do ego e prazer antes de tudo. LaVey foi aceito como um 'Mestre' e uma autoridade para ser reverenciada - e um culto à personalidade foi desenvolvido. O membro arquetípico da ToS é alguém que leu um monte de literatura Oculta, que se ocupa em discussões com os outros sobre suas crenças e práticas, e que gosta do carisma e apelo de ser um 'Satanista'. Frequentemente eles se vestem para o partido - e necessitam de uma identidade de grupo, um senso de 'pertencer'. Eles também aceitam a autoridade do Templo e estão contentes em deixar uma organização conferir avanço sobre eles (na forma de títulos e posições).


O membro arquetípico da ONA é um sacerdote/sacerdotisa solitário lutando - através de práticas (e às vezes sombrias) experiências voltadas para a auto-realização, guiados pelos ensinamentos da Ordem, e pelo encontro ocasional com alguém que tem ido por aquele caminho antes.


Cada uma das manifestações acima são consideradas uma após a outra. Más o que, então, é Satanismo? Por qual critério pode tal manifestação ser julgada? Primeiro, deixe-nos considerar o que o Satanismo não é. Ele não é uma aceitação da moralidade convencional ou modos de vida; ele não é uma crença, ou fé, que causa a rejeição da realidade (e crueldade) da vida; ele não é um refúgio para as falhas, os covardes e os fracos. Satanismo é sobre orgulho, uma aceitação do valor individual. Ele é sobre desafio - contestar o aceitado, buscando conhecer o desconhecido e buscando descobrir, explorar e conquistar: uma recusa de se curvar ou ceder. É sobre excelência - de ir além do que é, em termos pessoais; de conseguir uma percepção e entendimento maior que a maioria. É o desejo de experimentar os limites do viver, de aspirar pelos deuses...


Diabolistas são insípidos, realmente patéticos: apenas uma curiosidade histórica: uma nota de rodapé na psico-patologia da religião Nazarena. Crowley foi uma realmente sub-desenvolvido egoísta, faltando o caráter para desenvolver verdadeiro insight próprio. Ele podia e manipulou outros, e possuía alguns poderes Ocultos (intuitivamente) e algum entendimento da Arte da Mágica. Seus seguidores estão encurralados nas falhas de seu sistema - chefe sobre os quais, é a auto-estupefação e auto-satisfação (e assim a ilusão de desenvolvimento), ao invés de verdadeira percepção própria e assim habilidades Ocultas.


Membros da CoS (e numa menor extensão aqueles da ToS) aceitam um Satanismo esterilizado - um 'Satanismo seguro', onde as Trevas são ditas estar apenas dentro, onde não possa ameaça-los. Eles também são apaixonados pela etapa inferior do entendimento Oculto - vendo nada além dos confims do ego e do carnal. A ToS diz ir mais longe, más ali há pouca ou nenhuma experiência prática do mal, do Sinistro, daquelas Forças Obscuras que são parte do Cosmos - ao invés disso há uma intelectualização. Também não há nenhuma ida aos extremos na vida, nenhuma prova que desafia (e faz) caráter - nenhuma busca por excelência pessoal. Ao invés disso, há a segurança de uma organização, a aceitação da autoridade do Templo e mandatos. Em resumo, o encorajamento de um tipo de servidão mental - em crença e prática. Todos estes são contrários para o que o Satanismo é.


Apenas a ONA entende e pratica Satanismo como ele é, insistindo que Satanismo é a respeito de auto-desenvolvimento individual tanto no mundo real quando no Oculto, e isto só pode ser conseguido por uma experiência longa, dura, perigosa e trabalhosa. Além disto, a ONA tem exibido uma criatividade e um entendimento que faz com que todas as outras manifestações pálidas em insignificância. Assim, não é nenhuma surpresa que tem sida tão influencial pelos últimos anos.


Esta influência foi, entretando, raramente reconhecida - outros grupos e indivíduos frequentemente tomaram emprestado seus ensinamentos, métodos e idéias e clamaram ser deles, este 'empréstimo' não sendo confinado ao 'Satanismo' e grupos de LHP em geral. Isto é tanto natural e necessário - dada a esterilidade de criatividade que existe e tem existido em tais grupos, e dada a natureza da espécie humana em geral, e a Satânica em particular.


As contribuições chefe da ONA, em direção à um entendimento do Satanismo em particular, e o Oculto em geral, pode ser brevemente descrito:


1) Satanismo e o LHP (Caminho da Mão Esquerda) como um meio de desenvolvimento individual, levando ao Aprendizado e além - através de experiência prática e provas (veja os rituais de graduação).


2) A ênfase no desenvolvimento tanto do caráter mental quando físico do indivíduo.


3) Um grande entendimento de forças Mágicas (e Ocultas) - e assim sua natureza - através do desenvolvimento dos conceitos de causal e acausal, e um sistema abstrato para re-presentar isto, permitindo apreensão consciente (em oposição à crença e superstição).


4) A re-estruturação de símbolos mágicos e formas em termos arquetípicos - em particular a Árvore Septenária do Destino e o Quarteto deofel (o último explicando o arquetípico, particularmente no 'mundo real' do ponto de vista do Novato Sinistro).


5) A criação de um Tarô Sinistro cujas imagens são Sinistras, e assim imbuídas com energia Satânica.


6) Revelar e de forma significante extender Mágica Aeônica - permitindo a qualquer indivíduo tomar para si tais trabalhos.


7) A ênfase num indivíduo Iniciado trabalhando sozinho e alcançando objetivos práticos - sem aceitar numa forma religiosa uma alta autoridade - e tornando isto alcançável por todo através da publicação de guias práticos para todos os aspectos do Satanismo (Naos, Codex Saerus, Sacramentum Sinistrum, Thernn, etc.).


8) Trazer uma percepção dos Deuses Sombrios - das energias/forças Sinistras que existem e que tem sido simbolizadas por 'Satan'/o Diabo...


9) Uma ênfase nas qualidades pessoais - o caráter - de um Satanista, consagrado pelos conceitos de Excelência, Honra e o mote "morte, antes de se submeter para qualquer um ou qualquer coisa".


10) Uma re-afirmação da positiva, elevada natureza do Satanismo como oposto à imagem estereotipada de obssessão com morte e decadência - um afastamento da imagem/papel do Satanismo como uma figura 'Diabo'/Mefisto dum tipo de ator obcecado com carnalidade e estímulo para seu ou sua própria fraqueza, e buscando atenção da mídia, em direção ao sacerdote/sacerdotisa trabalhando secretamente preocupado com seu próprio desenvolvimento e trabalhos de Mágica Sinistra esotérica...


Uma leitura compenetrada de literatura, enunciados e outras formas causais por outros grupos e indivíduos, desde a manifestação da ONA, mostrará a extensão de sua influência - de como, de uma forma subjetiva, tais indivíduos e grupos tem sido mudados por uma organização Sinistra. Tais mudanças, e tal influência, crescerá, embora é muito provável que ela fique despercebida por todos salvo os poucos Adeptos genuínos.
- Ordem dos Nove Ângulos -

Sexo Satânico: Epístola Quarta aos Satanistas

Abra a Bíblia Satânica, busque em fóruns e sites, você sempre encontrará textos e mais textos sobre o poder do sexo satânico.


Diferente de muitas religiões o Satanismo não apenas aprova como encoraja o sexo, no texto dos Dez Mandamentos Satânicos lemos que devemos "alimentar nosso corpo com comida e água e nosso espírito com sexo e música". Não há o que comentar além disso!


Muitas pessoas que se deparam com o Satanismo parecem enxergar uma porta para um mundo onde seus desejos serão atendidos, e elas estão certas. O Satanismo traz o segredo para sexo sem limite ou fronteira, para dominação total, submisão suprema, perversões, satisfações, para foder e ser fodido até a inconsciência. E o segredo está aqui: seja livre, se conheça, não seja estúpido!


Se você não é capaz de fazer sexo naturalmente, não consegue atrair parceiros, não espere que a magia resolva seu problema. De que adianta conseguir se tornar o foco sensual daquela pessoa que te fez perder noites em claro se quando ela se aproxima você não sabe levar a conversa para o próximo nível?


Para uma pessoa aproveitar de fato o sexo ela deve ser bem resolvida consigo mesma. Deve se conhecer para saber o que lhe dá prazer, e isso não significa ter um roteiro pornô que ela busca realizar cada vez que tira a roupa, mas sim saber que tipo de estímulo a excita e a faz não buscar a satisfação, mas buscar sempre mais.


Se você apenas teve relações sexuais insonsas ou não satisfatórias deve parar para pensar. Se é capaz de citar uma relação que para você foi perfeita o que te falta então são meios de agrupar de novo os elementos dela e não repetir a receita, mas criar novas. Se é incapaz de citar uma relação sexual que pudesse ser resumida com uma frase do tipo: EU NÃO SABIA QUE ISSO ERA POSSÍVEL! MEU DEUS, AGORA POSSO IR EM PAZ! então você tem um problema.


Da mesma forma que ser um Satanista não te torna um "rei elitista, maquiavélico, superior à massa", também não espere ganhar uma vida sexual simplesmente por saber falar Hail Satã! O sexo além de um ato extremamente importante para o seu bem-estar, que os céticos darwinistas fiquem com seus países superpopulados, ele é uma das ferramentas mais poderosas na magia satânica. Seja como fonte de energia, como forma de se escravizar alguém ou como forma de se conseguir favores.


Se você se interessa por sexo faça um favor a si mesmo, aprenda a tirar prazer dele e a conseguí-lo sempre que desejar. Uma forma fácil de se conseguir isso, quando nada mais funciona é buscar ajuda especializada, e não falo aqui de psicólogos ou terapeutas. Dependendo do seu gosto e disponibilidade financeira você pode arranjar uma companhia que tem o único objetivo de fazer sexo com você. Prostitutas e miches estão à disposição por valores que variam de dezenas a milhares de reais, e a vantagem deles é que você não tem a obrigação moral de satisfazê-los. Muitas pessoas deixam de aproveitar o sexo por se preocuparem em estar dando para o parceiro a noite de suas vidas. Em uma relação que você deseje que dure, é óbvio que a outra pessoa deve sentir prazer com você, mas não existe nada errado em deixar o carinho e os beijos de lado de vez enquando e partir para uma foda de ficar sem fôlego.


Partir para a prostituição deve ser uma escolha Satânica, ou seja: sóbria e responsável. Uma pessoa que se torna incapaz de ter sexo sem pagar por ele, é o mesmo que uma pessoa que só é feliz fazendo terapia, ela se torna dependente. Essa solução é uma opção apenas no caso de você não conseguir encontrar alguém com quem possa explorar a si mesmo. São poucas as pessoas que conseguem ir pra cama com um simples sorriso, são menos ainda as que tem a sorte de possuírem alguém de quem goste que esteja disposto a ser parte da sua iniciação sexual.


O sexo satânico não possui nenhum tipo de limite ou freio, nenhuma restrição, se você tem curiosidade ou sente prazer use tudo e todos como playground, mas antes disso seja capaz de encontrar o portão para esse parque de diversões.


No mais não consideramos atos como pedofilia e estupro atividades sexuais, esses são atos de degenerados incapazes de ter quaisquer satisfação na vida que não seja o domínio de alguém mais fraco. Mas como comparar a força de alguém que usa sua inteligência para coagir alguém que ainda não tem discernimento ou amadurecimento, como medir a força de alguém que usa da violência sobre alguém incapaz de se defender? São pessoas doentes e fracas, que desejam apenas ser subjulgadas e castigadas e não sabem como pedir. São infelizes que não merecem nem nosso desprezo, apenas deveriam ser extirpados de nossa sociedade e ser deixados à própria sorte no mundo.

Um Guia de Satanismo Para Principiantes- Order of Nine Angles - Lucifer Luciferax 7


Esse Guia permitirá que qualquer pessoa se torne um Satanista e pratique Satanismo.


Os princípios básicos e as práticas do Satanismo são delineados na Seção Dois.


Seção Um: Se Juntando à Elite Sinistra


Para se tornar um Satanista você simplesmente faz um juramento de lealdade a Satã e promete a si mesmo seguir o Caminho Satânico de vida. Isso pode ser feito em dois dias.


Primeiro: você pode fazer isso sozinho. Segundo: pode ser feito com um amigo ou com alguns amigos que desejem se tornar Satanistas.


O Juramento de Fidelidade Satânica pode ser feito a qualquer hora, em qualquer lugar aberto ou fechado, e nenhuma preparação especial é necessária ou requerida, mas, se for desejado e prático, pode ser feito em um local escuro com pouca luz (a fonte de luz não importa) com o sigilo da ONA (se for possível faça o sigilo na cor roxa sobre um fundo negro), o sigilo deve ficar em local de destaque, desenhado ou reproduzido sobre algum material ou sobre uma bandeira.


Para aquele que faz o juramento (você) – e para cada outro(s) participante(s) que possa haver – será necessário um pedaço de papel branco (o tamanho e o tipo de papel não importam), uma faca afiada (do tipo utilizado para caça ou sobrevivência) e, se possível, a bainha para a faca. Além disso, será necessário um pequeno recipiente ou vaso onde o papel (ou papéis) será queimado dentro.


Você – e cada participante que possa haver – diz então:


“Eu estou aqui para selar meu Destino com Sangue.
Eu aceito que não há lei, não há autoridade nem justiça,
Exceto as minhas próprias
E que a seleção é um ato natural da vida.
Eu acredito em um guia, Satã,
E em nosso direito de governar os mundanos.”


Você – e cada participante que possa haver – faz então um pequeno corte no polegar da mão esquerda, deixa o sangue cair sobre o papel branco, coloca o papel dentro do pequeno recipiente ou vaso e põe fogo.


Enquanto o fogo queima, você – e cada participante que possa haver – diz o seguinte:


“Como Satanista, Eu juro por minha honra sinistra que a partir desse dia eu jamais me renderei, e que morrerei lutando ao invés de me submeter a alguém. Juro que sempre sustentarei e conservarei O Código de Honra Sinistra”


Você – e cada participante que possa haver – coloca a faca na bainha (se houver), esconda‐a ou leve-a consigo, mantenha a faca sempre em seu poder como um símbolo de sua honra sinistra e de seu juramento de fidelidade.


Estágio Dois – Vivendo Satanicamente


Viver de maneira satânica é simples, e envolve:


1. Considerar e tratar todos os mundano4 como inimigos.
2. Viver e, se necessário, morrer por seu código de honra‐sinistra [veja a Seção Dois abaixo.
3. Lutar para viver cada dia sobre a Terra como se pudesse ser o último dia de sua vida.


Seção Dois: Os Princípios e Práticas do Satanismo


Os Três Princípios Fundamentais do Satanismo


1. Todos aqueles que não são nossos Irmãos ou Irmãs Satânicos são mundanos.
2. Por viver e, se necessário, morrer por nosso Código de Honra‐Sinistra nós somos os melhores, a verdadeira elite da Terra.
3. Uma pessoa se torna nosso Irmão ou Irmã fazendo o Juramento de Fidelidade Satânica e vivendo por nosso Código de Honra‐Sinistra.

O Código de Honra Sinistra



Nossa Honra‐Sinistra significa que nós, Satanistas, somos ferozmente leais somente a nós mesmos, a nossa espécie – aqueles que, como nós, assumiram o Juramento de Fidelidade Satânica. Nossa Honra‐Sinistra significa que somos cautelosos, que não confiamos – frequentemente desprezamos – todos aqueles que não são como nós, aqueles que não são de nossa negra e temível espécie Satânica.


Nosso dever – como indivíduos Satânicos que vivem pelo Código de Honra‐Sinistra – é estarmos prontos, dispostos e capazes de defender a nós mesmos, em qualquer situação, e estarmos preparados para usar força letal para nos defendermos.


Nosso dever – como indivíduos Satânicos que vivem pelo Código de Honra‐Sinistra – é sermos leais e defendermos nossa própria espécie Satânica: cumprir nosso dever até a morte em favor de nossos Irmãos e Irmãs Satânicas que fizeram o Juramento pessoal de fidelidade.


Nossa obrigação – como indivíduos Satânicos que vivem pelo Código de Honra‐Sinistra – é buscar a vingança, se necessário até a morte, contra qualquer um que aja de maneira desonrosa contra nós ou contra aqueles que fizeram o Juramento pessoal de fidelidade.


Nossa obrigação – como indivíduos Satânicos que vivem pelo Código de Honra‐Sinistra – é nunca nos submeter voluntariamente a qualquer mundano; morrer lutando ao invés de se submeter; antes morrer (se necessário por nossas próprias mãos) do que permitir ser humilhado por eles vergonhosamente.


Nossa obrigação – como indivíduos Satânicos que vivem pelo Código de Honra‐Sinistra – é nunca confiar em qualquer promessa, juramento ou compromisso feito por um mundano, é ser cauteloso com relação a eles e sempre suspeitar deles.


Nosso dever Satânico – como indivíduos Satânicos que vivem pelo Código de Honra‐Sinistra – é resolver nossos sérios conflitos entre nós, por julgamento e por combate, ou por um duelo com armas mortais; a desafiar qualquer um para duelar, seja mundano ou de nossa própria espécie, que conteste nossa Honra Satânica ou que tenha feito acusações mundanas contra nós.


Nosso dever Satânico – como indivíduos Satânicos que vivem pelo Código de Honra‐Sinistra – é resolver nossas contendas não sérias, entre nós mesmos, com a ajuda de um Homem ou Mulher que seja um dos nossos (um Irmão ou Irmã que seja altamente estimado por suas ações Satânicas) que julgará e decidirá o assunto por nós. A decisão será aceita Satanicamente por nós, sem questionar, pois respeitamos o juízo e a decisão que colocamos nas mãos do referido Irmão ou Irmã.


Nosso dever Satânico – como indivíduos Satânicos que vivem pelo Código de Honra‐Sinistra – é sempre manter nossa palavra para com nossos verdadeiros Irmãos e Irmãs, para com aqueles que são de nossa espécie. Não devemos quebrar a palavra assim empenhada em Honra Satânica, fazê‐lo seria um ato não‐satânico, covarde e mundano.


Nosso dever Satânico – como indivíduos Satânicos que vivem pelo Código de Honra‐Sinistra – é agir com Honra Satânica em todas as nossas relações para com nossos Irmãos e Irmãs Satânicos.


Nossa obrigação – como indivíduos Satânicos que vivem pelo Código de Honra‐Sinistra – é desposarmos somente aqueles que pertençam à nossa espécie Satânica, aqueles que, como nós, vivem por nosso Código e estão preparados para morrer por nossa Honra Sinistra e por nossos Irmãos e Irmãs.

Satã – Nosso Guia para a Excelência e para a Vida



Satã é o nosso guia de como podemos ser melhores; de como podemos viver na Terra, da melhor maneira possível e da forma mais gratificante: em êxtase, riso, alegria, com orgulho desafiador, desafiando inclusive nossa própria Morte.


Satã é, para nós, o Primeiro da Escuridão – uma entidade viva e acausal que existe no continuum acausal.


Satã é aquele que pode, e que tem, se manifestado na Terra desde o passado. Como o Primogênito da Escuridão,


Satã é o “metamorfo” capaz de assumir outras formas, inclusive a humana.


Para nós, Satã veio – assim como outros da Escuridão –, para nosso continuum causal para nos orientar e guiar. Essa orientação foi como um conselho, uma oportunidade – não foi como algum tipo de revelação religiosa. Não foi como uma nova religião ou como uma exigência de adoração. Não foi qualquer tipo de subserviência mundana. A orientação de Satã nos mostrou como podemos nos tornar a elite desse mundo, como nos liberar da opressão dos mundanos e de tudo que seja mundano, desprezível e sem valor. Essa orientação é do mais alto valor em nosso modo de vida Satânico e em nosso modo Satânico de Desafiar, até a morte.


Deste modo, nós odiamos e detestamos, pela natureza elitista de nosso espírito Satânico, a tudo e a todos que ou quem possa querer nos escravizar, tentar nos controlar ou nos domesticar. Nosso Espírito Satânico está codificado e expressado em nosso Código de Honra Sinistra, nós temos aversão e abominamos toda lei, todo tipo e espécie de autoridade que não seja a nossa, todo tipo de dogma, toda religião (exceto aquelas que nos possam ser úteis para controlar e governar os mundanos), toda regra e todo tipo de governo exceto aqueles que nos possam ser úteis para controlar e governar os mundanos.


Assim, nós somos pragmáticos, práticos e adaptáveis, sempre respeitando nosso rígido e elitista Código de Honra Sinistra.

Uma Breve História do Satanismo

Desde a mais alta Antigüidade, sempre houve deuses relacionados com a Sombra, como o Set egípcio e a Kali hindu, oriundos do Paganismo. Com o advento da idéia do Satan bíblico, nunca houve nenhuma organização satânica plenamente estabelecida, pelo simples fato de que seria imediatamente exterminada pela Igreja Católica.
A maioria das seitas “satanistas” eram na realidade pagãs e hereges, sendo as primeiras praticadas pelos que cultuavam deuses mais antigos, antes do advento do Cristianismo, e as segundas pelos que adotavam idéias diferentes em relação ao cristianismo, como, por exemplo, duvidar da virgindade da mãe de Jesus. Não adiantava o argumento cristão de que Deus era infinitamente mais poderoso do que Satan, pois, enquanto Jeová preocupava-se apenas com a salvação das almas, o seu arquiinimigo concretizava os anseios humanos de poder, volúpia e riqueza.
No passado, existiu apenas um caso documentado de missa negra. A missa negra seria uma forma extrema e radical de se descondicionar do cristianismo. Na verdade, nada tinha de Satanismo, mas de anticristismo. Era uma liturgia anticlerical que se praticaria de qualquer jeito no Ocidente, sendo um ato de blasfêmia, não de afirmação; uma apagada cópia do credo cristão, na qual Satan transforma-se numa caricatura de Jesus. Seria celebrada por um padre herege do catolicismo. Ocorreu no século XVII, praticada por Catherine Deshayes, mais conhecida como Madame Voisin, que passou uma imagem totalmente infame do Satanismo. La Voisin, além de receitar poções de veneno para as damas da corte que queriam se livrar dos seus maridos e amantes, também realizava vários rituais macabros para pura diversão dos nobres decadentes da corte do rei Luís XVI, com a participação do abade Guibourg e vários outros padres[1], amealhando uma boa fortuna de dinheiro. A coisa tornou-se tão escandalosa, que Madame foi arrolada num processo e, por fim, queimada na praça de Grève em 22 de fevereiro de 1680, tendo bem o destino que merecia.
O consenso histórico moderno acerca do Satanismo revela que, malgrado alguns grupos acreditassem estar adorando Satan, na verdade se tratavam de grupos antisociais locais. Durante todo o período do Cristianismo, qualquer grupo era considerado satânico, conforme a mente das autoridades. É risível o fato de que os grandes bruxos estavam muito bem acobertados pela instituição que viria em seu encalço, caso se dessem a conhecer. Nunca houve mais feitiçaria do que nos anais da própria Igreja Católica, haja vista a existência de papas, como Benedito IX, João XX, os Gregórios VI e VII e Honório, o Grande[2], conhecidos como magos e necromantes.
O Satanismo deu seus primeiros sinais de vida através da criação do Hell Fire Club, no século XVIII, por Sir Francis Dashwood, que “orientou a condução de rituais repletos de diversão bem suja, e certamente o proveu de um colorido e inofensivo psicodrama para muitos guias espirituais do período”, menciona LaVey. Na verdade, era a proto-existência do Satanismo, ainda bem distante de sua realidade atual. Dele participaram muitas pessoas influentes da coroa britânica, como John Montagu (Lord Sandwich), e até mesmo o americano Benjamin Flanklin, conforme relato de Cecil B. Currey.[3] Há, ainda, a referência ao partido político Whig, onde jovens lordes formariam parte do grupo de Sir Francis. Os repórteres, ao denunciarem “a maneira herege e profana” como se davam as reuniões, levou o Rei George I a exigir a total extinção da ordem.
No final do século XIX e início do XX, começaram a surgir instituições de cunho thelemico, como a Ordem dos Templários do Oriente e Ordem da Estrela de Prata, que, contraditoriamente, buscaram eliminar qualquer conotação com o Satanismo, ao mesmo tempo em que Crowley usava o moto de To Mega Therion, A Grande Besta. É compreensível que Crowley, sendo rebento de uma era vitoriana extremamente rígida, tivesse de obrar com determinada cautela, caso contrário não haveria nada demais em aceitar a referida associação. Ou, ainda, que tentasse dissociar Thelema de idéias relativas ao satanismo tradicional, na verdade inexistente, fruto da histeria cristã.
Em 1904, houve a recepção do Liber Al Vel Legis[4], transmitido por Aiwaz[5] a Crowley, que mais tarde admitiu: “Aiwaz não é uma simples fórmula, como muitos nomes angélicos, mas ele é o verdadeiro, o mais antigo nome do Deus dos Iezides e, assim, remonta à mais alta antigüidade. Nosso trabalho é, portanto, autêntico; a redescoberta da Tradição Sumeriana.” Ora, o deus dos Iezides era Shaitan, que se originara de Set. Portanto, a doutrina thelemica, eliminando-se alguns ranços osirianos, pode ser considerada a primeira manifestação do arquétipo de Satan no século XX. Atualmente, há ordens assumidamente satânicas no exterior que usam o referido Liber em seus estudos[6], entendendo seus três capítulos como as três manifestações de Satan.
Neste momento, torna-se importante um adendo. Apesar de não existirem organizações satânicas no passado remoto, não significa que não houve satanistas. Pelo contrário, são inúmeros os indícios da presença de satanistas na história, mas não de conformidade com a literatura cristã, e sim pelo fato de o satanista ser, acima de tudo, uma pessoa totalmente emancipada. Alguns nomes, como Rasputin, Cagliostro, Giosue Carducci, Fernando DePlancy, Nietzsche, John Milton, Al Capone e muitos outros são provas de que o satanista nasce em qualquer meio social. Eles foram de facto satanistas.
Qualquer pessoa que seja, ou tenha sido no passado, emancipada de quaisquer grilhões escravizantes da religião, da política, da economia, da cultura ou do que for, é satanista. Tal pessoa possui o amor-próprio plenamente desenvolvido, a primar pela liberdade como sua única lei, sem se impor a nenhuma regra de conduta arbitrada por terceiros, que, evidentemente, tergiversará sua expressão e vontade individuais sob a tirania dissimulada (ou não) de um vampirismo psíquico
[1] Pe. Davor, Pe. Mariette, Pe. Gerard, Pe. Deshayes e Pe. Cotton
[2] O grimório deste papa é famoso.
[3] Conforme citação na obra Road to Revolution.
[4]Conhecido como o Livro da Lei.
[5] Aiwaz ou Aiwass é uma inteligência preter-humana que ditou o Livro da Lei a Crowley, nos dias 8, 9 e 10 de abril de 1904, entre 12 e 13h.
[6]Por exemplo, a Ordo Antichristianuns Illuminati.

Ética Luciferiana(por Lilith Ashtart)

Toda posição ideológica possui um conjunto de valores éticos em comum que a caracteriza, visando fornecer auxílio para a resolução dos dilemas normalmente encontrados durante a vida. Ética, contudo, jamais deve ser confundida com moral. Embora ambas caminhem frequentemente atadas de forma negativa por um laço indissolúvel na maioria das correntes filosóficas e religiosas, no luciferianismo é que encontramos sua exceção.


O luciferianismo não impõe normas morais para aqueles que se identificam e buscam seus valores éticos. Isso é justificado pelo fato da moral se basear em um conjunto conjunto de normas concretas que exigem condutas específicas do indivíduo, desrespeitando sua liberdade de formular de modo crítico e consciente suas próprias regras através da análise dos resultados de seus atos na prática, e não segundo supostas consequências pré-determinadas.


A palavra deriva do grego ethos, que significa caráter. A função da ética é a de orientar a busca individual ao fornecer parte dos subsídios para isso. A ética luciferiana é focada no próprio ser, e não no coletivo. Contudo, leva em conta a relação do ser com o meio que o cerca, para garantir-lhe que dele possa tirar o melhor proveito possível, dominando-o para trabalhar sob sua vontade e para seus propósitos. Desta maneira, pela ética se almeja o que é o melhor para si, o que nem sempre reflete o melhor para todos. Esta escolha, porém, está sempre baseada em suas conseqüências finais, de modo que o luciferiano não agirá segundo impulsos e motivações vãs, mas apenas por aquelas que através de suas análises se mostrem pertinentes para o avanço ao seu objetivo final. A parte mais importante, este caminhar, fica sob exclusiva responsabilidade do buscador e sua capacidade de determinar suas ações, de modo a não provocar nenhuma reação que possa vir a impedi-lo e limitá-lo depois. Os planos devem ser cuidadosamente dosados naqueles a curto e longo prazo, pois ao mesmo tempo que não se deve viver apenas para uma situação por vir, não é inteligente entregar-se apenas ao momento de modo que isso atrapalhe qualquer planejamento futuro. Outro fator que permite a existência da ética dentro do luciferianismo sem entrar em conflito com o mesmo é sua temporalidade. Estando aberta à inclusão de novos conceitos devido à sua característica contestadora, ela ao longo do tempo vai se transformando e evoluindo, seja individual ou coletivamente.


E quais seriam esse princípio e prática no luciferianismo? Apenas a obtenção do autoconhecimento pelos próprios méritos. Ao almejarmos nossa iniciação, devemos ter em mente que há etapas a serem cumpridas sucessivamente para alcançarmos de modo efetivo nossa meta. Jamais devemos desejar ou procurar pular estas etapas, pois serão cobradas posteriormente e, uma vez não transpostas em um grau anterior, se tornarão obstáculos capazes de arruinar todo o processo. 


Sendo assim, não há etapas maiores ou mais importantes para desejarmos uma em detrimento de outra. Cada prova será equivalente e essencial ao grau de evolução em que nos encontrarmos, e por isso todas são iguais em intensidade no momento em que ocorrem. Não há chances de vitória ao entrarmos em uma guerra antes de termos aprendido a conhecer e utilizar nossas armas. É certo, porém, que quanto mais avançarmos no domínio de seu manejo, maiores serão os inimigos a serem enfrentados, e mais fatais os nossos erros.


Toda etapa é única. Apenas a total compreensão, controle e conseqüente superação das ordálias encontradas nela nos fornecerão subsídios suficientes para a próxima, uma vez que estas virtudes serão constantemente exigidas. É nisto que reside seu caráter naturalmente seletivo: um conjunto formado por etapas interligadas e interdependentes em relação ao todo, porém ao mesmo tempo individuais e completas em suas particularidades. Desta forma, a superação de uma não significa a conquista do conjunto, e sim de uma parte imprescindível dele. Como conseqüência, a qualquer momento um indivíduo poderá cair perante uma etapa, mesmo que tenha tido sucesso nas anteriores, mostrando que sua natureza e o caminho escolhido não são compatíveis.


Isso ocorre pois os elementos que fornecem subsídios para se realizar tais superações apenas serão válidos se, no indivíduo em que se encontram, estiverem presentes como reflexo de sua essência. Os elementos em si mesmo nada significam se forem adquiridos de forma externa e artificial. Se faltar a base que os conduz corretamente e fornece suporte para sua execução, o que restará? É como possuir uma carruagem e um cavalo. Qualquer um pode se locomover utilizando este conjunto, porém para se conseguir chegar ao destino esperado é necessário, além de um prévio conhecimento de como manejá-lo, possuir força para comandar as rédeas. Qualquer destes fatores que falte, resultará no fracasso da intenção. 


As sociedades e principalmente as religiões costumam adotar códigos morais com a finalidade de conduzir a todos em um único caminho, reprimindo seus instintos e essências para moldá-los segundo suas supostas "verdades", tornando o ser humano totalmente estranho a si mesmo. 


Doravante, nutrida e expressada a fragilidade humana, o campo dos valores culturais e comportamentais alienantes se torna cada vez mais fértil e presente a cada dia que passa, enquanto a essência apaga-se e submerge num interior obscurecido e negado da consciência humana. O ópio oferecido à humanidade tomou nova roupagem e invadiu novos espaços, abandonando a exclusividade de ser ofertado pelas religiões para englobar os diversos meios de comunicação que nos cercam, ditando novos ideais e inclusive o modelo humano idealizado de forma artificial e supérflua, que se esquece de suas faculdades intelectuais sagradas para focalizar-se apenas no profano.
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Este texto é um trecho retirado do livro Lux Aeterna, de Lilith Ashtart, e foi publicado no exemplar número 1 de Nox Arcana, revista eletrônica sobre ocultismo, psicologia e cultura.
HAIL SATAN.

Ética Satânica(Traduzido por Soror Lilith)


Este texto é uma pequena parte do prefácio do Livro da Escuridão, um trabalho oficial da Ordo Templi Satanis, P.O. Caixa 1093, Atwater, CA 95301,copyright 1991.
Qualquer filosofia ao menos implica um código de ética moral para seus seguidores poderem se orientar. O Satanismo, como uma filosofia e como uma religião, não podia ser diferente. Entretanto, a natureza deste código moral parecerá inteiramente estranho para aqueles que possuem a velha idéia do "bem contra o mal" na visão do mundo. As maiores religiões do mundo (Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, Taoismo, Hinduismo, e Budismo) são enraizadas em um absolutismo moral. Isto é, há um conjunto objetivo e definido de comportamentos que são "certos" e que são "errados" para os indivíduos praticarem. As diferenças entre essas religiões vem justamente da idéia exata daqueles comportamentos entre certo e errado, obrigando os indivíduos a fazerem uma escolha entre eles.
Por exemplo, o Cristianismo é muito específico em sua lista de comportamentos morais que considera certo e errado (exemplificada nos Dez Mandamentos e outras escrituras do Velho Testamento), e é igualmente específico com respeito às consequências quando não se cumpre o comportamento "correto" (queimar dentro do lago do fogo eterno, etc.). O Budismo ainda reconhece um conjunto de comportamentos que são certo e errado, mas diz que ao indivíduo é dada toda liberdade de escolha... mas é esperado escolher o correto. Não há punição no Budismo pela escolha errada, apenas mais uma encarnação na Terra terá de ser vivida.
Isto é significante para compreender que todas as recompensas e punições oferecidas pelas religiões são místicas. Suas existências estão, por sua natureza, impossíveis de se provar. Entretanto, elas são utilizadas para jogar com o desespero e medo das massas; estas idéias provocam um grande impacto sobre o mundo real (por meios da modificação dos comportamentos das pessoas do mundo).
O satanismo, também, oferece uma lista de sins e nãos, codificada em vários lugares, incluindo A Bíblia Satânica. Entretanto, Satanismo não ilude aos seus adeptos com promessas vagas de recompensa eterna para o bom comportamento ou ameaças de punição eterna para o comportamento ruim. Melhor, o Satanismo é encorajado a olhar sobre toda ação em uma direção única, e pesa as consequências das várias decisões possíveis. Neste sentido, o Satanismo oferece um pertinente (em vez de absoluto) código moral. Ao Satanista, moralidade significa fazer o melhor para você mesmo.
Note que isto não é ser egoísta, como pode parecer retratar. Seguindo este código, Satanistas não são encorajado a sair e roubar, mentir, enganar, e assassinar pela sua vontade. Melhor, o Satanista é encorajado a perceber as consequências de suas ações racionalmente. Ele deve se dar conta não unicamente dos ganhos a curto prazo, mas também as de longo prazo, antes de seguir qualquer decisão. O Satanista deve ser lógico ao determinar suas ações; após isto não deve deixar nenhum fator atrapalhar sua determinação....

666 – Sagrado, Secreto e Sinistro


O “temível” e suspeito número 666 parece causar muito burburinho quando mencionado em rodinhas de “amigos”, encontros sociais (nem tão sociais assim) e almoços de família (com suas idiossincrasias). As pessoas ignorantes (que ignoram), com base em suas ideias equivocadas oriundas de dogmas enganosos seculares, acreditam piamente que o número seiscentos e sessenta e seis seja satânico, “sujo” e sinistro. Os textos bíblicos disseminaram muitas ideias que seriam motivo de sarcasmo por parte de Satã, se ele realmente existisse como a maioria das pessoas imagina. Se tal número é da besta, besta maior seria o homem, segundo o texto bíblico, pois “(...) calcule o número da besta, pois é o número do homem (...)”. Em essência a espécie humana é animal. De fato, e de modo geral, o homem se apresenta como uma besta humana cuja compreensão parece não ir além de interpretações limitadas e condicionadas. E todo o mal que existe no mundo apenas existe por causa do homem, de maneira direta ou indireta; não há nenhum Diabo nisso tudo.
Mas, sem divagar em teorias conspiracionistas e preconceitos religiosos, o número 666 encerra significações cabalísticas draconianas, ocultistas e psicológicas, o que nada tem a ver com o Diabo ou com o mal do mundo.
O texto bíblico diz que o homem foi criado no sexto dia, o que podemos deduzir que a besta de fato é o homem que em seus primórdios no planeta se comportava como qualquer animal instintivo, impulsivo e sem raciocínio; sua evolução se deu gradativamente ao longo de eras, mas, até então, o homem era simplesmente um animal, uma besta. Mas antes da besta humana aparecer, os animais sempre foram as formas de vida mais antigas e primitivas da Terra, surgiram muito antes da espécie humana bestial, e são, portanto, umas das primordiais manifestações da sabedoria no mundo manifestado. A cristandade substituiu a besta humana pelo dragão como a Grande Besta do mal (como muitos assim entendem).
Por outro lado, seis é o número da esfera do Sol, o que representa em nível humano o Eu Superior em seu aspecto luminoso, a inteligência manifestada, a mente expandida. O Sol e o número seis também podem ser representados pelo hexagrama e pela cruz (um símbolo bastante antigo e pré-cristão), que é desdobrada e desenvolvida a partir do cubo, que é um sólido geométrico de seis lados. O Sol está situado, na Árvore da Vida e da Morte cabalística, nas esferas de Tiphareth/Thagiriron (a Beleza e o Ardente Sol Negro), que é um nível de evolução onde o indivíduo atinge um alto grau de autoconhecimento e autoconsciência. Mas para que a evolução seja completa e a sabedoria seja internalizada é preciso conhecer o lado sinistro do sagrado e secreto Eu Superior (pois nada existe somente com uma face). E esse lado sinistro do Dragão de Sabedoria, do Eu Superior, é expresso pelo número 666 ou 999, já que sua multiplicação e soma finalmente resultam sempre no número noturno da Lua, ou seja, 9. A Lua representa a noite, o oculto, o secreto, o subconsciente e o sinistro (sombrio e “esquerdo” como o aspecto feminino e sexual do universo e da psique humana). Entenda-se que “sinistro” não é aquilo que é maligno, malévolo ou coisa semelhante; sinistro é “esquerdo”, e no contexto prático e metafísico draconiano indica a presença de elementos sexuais, femininos, instintivos e subconscientes (a maior fonte de poder de um iniciado e de um filósofo oculto). Portanto, nada há de maligno e nem tem a ver com qualquer fantasia paranoica do Diabo (pois este não existe). Afinal, nós temos o lado direito e esquerdo de nosso corpo, temos a mão direita e a esquerda, o lado direito e esquerdo do cérebro, etc.; fique só com o lado direto e você verá o quão simétrico, equilibrado, harmonioso e belo você parecerá!
    
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Na prática da filosofia oculta e também do draconismo, 666 é o número da força sinistra do Eu Superior, o número do aspecto sombrio da Inteligência Solar do Daemon individual. Mas é também o número de Sorath, o Espírito do Sol, a força solar agressiva e impetuosa que impulsiona a evolução. Esse número, 666, pode ser extraído do Quadrado Mágico Solar, ou Kamea, que é dividido em 36 partes, ou quadrados menores numerados, cuja soma total é 666, que é o número do próprio nome de Sorath extraído pelo cálculo de suas letras hebraicas. Desse quadrado, para fins práticos, também é extraído o sigilo de Sorath. Sorath é a verdadeira e espiritual Besta da Revelação, a revelação do próprio Eu com seu animalismo (não confundir com animismo) natural, primitivo e intrínseco que se torna autoconsciente; é a revelação do conhecimento com compreensão, da Gnose, e da sabedoria das sombras (o subconsciente e o aspecto feminino, Sofia, Shakti, Shekinah).
O número 36 (3x6, 666) igualmente resulta em 9, a Lua, a consorte do Sol Negro (a Grande Besta, o Dragão de Sabedoria), demonstrando assim o equilíbrio entre as forças duais (como dois pilares) do universo e do ser humano, a união entre o feminino e o masculino, entre as trevas e a luz, entre o subconsciente e o supraconsciente, etc. A Lua é a yoni (vagina) de Shakti e o Sol Negro é o linga (pênis) de Shiva; a união de 999 com 666 que resulta finalmente em 9, a esfera do sexo, não somente o sexo humano, fisiológico e anatômico, mas principalmente o sexo metafísico e cósmico de todas as forças que são unidas para criar algo no universo e na natureza visíveis e invisíveis.
Tal união, como toda união entre forças opostas deveria ser, resulta em uma terceira força que é, no ser humano, o nascimento da autoconsciência e o renascimento do autêntico e completo ser humano em seu alto grau evolutivo, ou seja, o Homo veritas (o humano verdadeiro). As forças opostas não se opõem, mas se unem para criar. E o ser humano verdadeiro autoconsciente, não um mero humanoide autômato, cria a si mesmo a cada etapa evolutiva.
O número 666, portanto, é de fato o número do Homem, do Anjo e da Besta (o Eu Superior, o Dragão) com suas forças em equilíbrio e com a sabedoria das Sombras e da Luz.
Assim, todos têm a escolha de querer ser uma simples besta humana ignorante, simplória e “profana”, ou querer ser a Grande Besta sábia, superior e sagrada, pois o 666 é a verdadeira face sagrada, secreta e sinistra do Ser autoconsciente.

Como ser um Feiticeiro(Anton Lavey, Satan Speaks, 1998)

Para poder fazer algo sobrenatural, primeiro você deve ser capaz de realizar algo sobrenormal, algo acima da média.


Para poder realizar algo sobrenormal, será de muita ajuda que você mesmo seja sobrenormal. E para estar acima do normal, será de muita ajuda ser diferente. E eu quero dizer diferente de verdade. Isso não significa seguir procedimentos pré-estabelecidos de esoterismo, nem aprender as sutilezas da tradição ocultista.


Você pode afirmar com honestidade que não sabe, nem se interessa pelo que aparece nos noticiários? Ignora por vontade própria a cultura popular. Não se importa em quais são as últimas estréias no cinema, os atores e cantores da moda, o hit da vez nem os produtos de consumo mais badalados? E se pode dizer 'Não' a tudo isso pode dizer que não cai na armadilha de substituir tudo isso por alternativas também, recomendadas, prescritas e pelos interesses adequados das pessoas sofisticadas de vanguarda? Quantas pessoas você conhece que não pode ser incluída em alguma dessas duas categorias?


O isolamento, a exclusividade, a originalidade, o ser único, são os primeiros requisitos para ser diferente o bastante para ser considerado sobrenormal. Um verdadeiro feiticeiro nunca está "antenado", simplesmente porque não tem nenhum interesse no que interessa aos demais. Não está nem mesmo interessado nos temas ocultos e esotéricos que as outras pessoas consideram estranhas. o verdadeiro feiticeiro é um alienígena e seus interesses e passatempos são virtualmente desconhecidos daqueles com quem não se relaciona.


Não é que ele se orgulhe de seu isolamento, mas ele tão pouco o preocupa. Simplesmente estuda o que faz e faz o que gosta porque para ele esta é a coisa mais natural do mundo. Não está evitando coisas para aumentar sua exclusividade. Simplesmente não se interessa. 


Ninguém evoluiu ou se converte em um mago. Apesar do que dizem as ordens esotéricas, não há exercícios capazes de fazer isso. Existe um velho ditado, um velho cliché que diz que "nunca é tarde para aprender", mas neste caso ele não tem nenhuma validade. As predisposições especiais de alguém diferente o bastante para ser considerado "sobrenormal" acontece em uma idade muito jovem. Há demasiada ênfase na sabedoria popular sobre as habilidades latentes que surgem com os anos. Mas uma criança pequena em seus anos de formação tem muito mais chances de demonstrar poderes especiais.


Qual o resultado disso tudo? Como aprender a me tornar um destes? Que exercícios e medidas tomar para alcançar a condição de sobrenormal, para não falar da sobrenatural? A resposta? Nada pode fazer. Não há esperança. Aprenda um ofício. Desenvolva uma habilidade. Tenha algo que te coloque a parte, nem que seja uma tatuagem extra no seu dedo mindinho. E então, prossiga com o seu dia na companhia de seus semelhantes com denominadores comuns. Assim estará desenvolvendo sua magia - a magia da vida por si só que o faz se mexer, agir e responder como um organismo que não necessita de cordinhas de marionetes externas.


Você é um milagre auto-contido e sem cópias. Os primeiros passos de uma aranha recém nascida ou o caminhar cambaleante de um bebê elefante podem ter paralelos com a chegada de um verdadeiro mago ao mundo. Mas não se renda. Pode ser mais mágico do que já é. Pode desenvolver mais juízo e equilíbrio sem a necessidade de giroscópios. Pode aprender a escrever (com um corretor ortográfico), a cantar (com um Karaoke) ou a tocar instrumentos (com um sequenciador) e desenvolver toda sorte de habilidades. Mas nunca será supernormal, se não for um de nós fazedores de milagres. 


Sem dúvida, se serve de consolo, você já é um milagre assim como é hoje. Quase tanto quanto uma pequena aranha ou o maior dos elefantes.

EXU DESCONHEÇO O AUTOR MITOS DA AFRICA MITOLOGIA E FOLCLORE

Exu é o senhor do bem e do mal. Ele está em todos os locais e fala todas as línguas. É a própria comunicação. É o orixá da inteligência, do bom humor, dos amantes da vida e da boa mesa, das cores e odores.
 
Exú sempre foi o mais alegre e comunicativo de todos os orixás. Olorun, quando o criou, deu-lhe, entre outras funções, a de comunicador e elemento de ligação entre tudo o que existe. Por isso, nas festas que se realizavam no orun (céu), ele tocava tambores e cantava, para trazer alegria e animação a todos.

Sempre foi assim, até que um dia os orixás acharam que o som dos tambores e dos cânticos estavam muito altos, e que não ficava bem tanta agitação.
 
Então, eles pediram a Exú, que parasse com aquela atividade barulhenta, para que a paz voltasse a reinar.
 
Assim foi feito, e Exú nunca mais tocou seus tambores, respeitando a vontade de todos.
 
Um belo dia, numa dessas festas, os orixás começaram a sentir falta da alegria que a música trazia. As cerimônias ficavam muito mais bonitas ao som dos tambores.
 
Novamente, eles se reuniram e resolveram pedir a Exú que voltasse a animar as festas, pois elas estavam muito sem vida.
 
Exú negou-se a fazê-lo, pois havia ficado muito ofendido quando sua animação fora censurada, mas prometeu que daria essa função para a primeira pessoa que encontrasse.
 
Logo apareceu um homem, de nome Ogan. Exú confiou-lhe a missão de tocar tambores e entoar cânticos para animar todas as festividades dos orixás. E, daquele dia em diante, os homens que exercessem esse cargo seriam respeitados como verdadeiros pais e denominados Ogans.

Quimbanda


A Quimbanda não é simplesmente mais uma das linhas existentes dentro dos cultos afro-brasileiros; suas influências não são somente Bantu, Nagô e Yorubá, também abrangem  em larga escala vários aspectos da Religião Indígena, Católica,  o Espiritismo moderno, a alquimia, o estudo da natureza fundamental da realidade e Correntes Orientais.
É importante lembrar que o sincretismo entre Exu e o Diabo existe, salvaguardando várias confusões ao verificar que atualmente muitas pessoas pensam que a Quimbanda é um culto satanista, tendo aquele sentimento de dualidade aonde as pessoas vêem o bem e o mal em uma luta eterna confundindo a figura do Diabo com tudo de ruim sem lembrar que Ele já teve seu martírio e foi vencido por Deus que é Quem determina o espectro e a liberdade de Suas ações desde o princípio dos tempos. O conceito de polaridades, positiva e negativa não se encaixa no plano material, aonde não quer dizer o mesmo que atitudes, positiva e negativa, principalmente tratando-se de energia pura. É como disse o sábio preto velho Pai Maneco, falando da importância dos Exus, apontou uma lâmpada e disse: “Aquela é resultado do perfeito encontro entre o positivo e o negativo”.
É bom deixar claro também que o Exu da Quimbanda não é o mesmo Exu do Candomblé aonde Ele é um Orixá menor da cultura Yorubá, o Exu da Quimbanda é geralmente um Egum sendo que na maioria dos casos é a Alma de alguém que pertenceu ao culto, conscientemente ou não, e agora trabalha como mensageiro dos Orixás, como Exu; mais ou menos o mesmo que ocorre em outras Linhas e Bandas dedicadas a algum Orixá, por exemplo como na Linha de Ogum trabalham Espíritos de Índios e Negros que em vida foram guerreiros, usaram espada e de alguma forma pertenceram ao culto, como sabemos que Seu Ogum Sete Espadas e Ogum Sete Ponteiras do Mar não são o mesmo que o Orixá maior Ogum.
Os Espíritos, Exus, com os quais estamos tratando tiveram em sua maioria encarnações aqui na Terra em finais do século XIX e princípios a meados do século XX, daí vêm as suas vestimentas e a forma de seu comportamento.
Ainda na questão do sincretismo é muito importante frisar que os autores que até hoje discorreram sobre o assunto usaram um organograma básico para apresentar o que muitos pensam ser a verdadeira organização hierárquica da Quimbanda mas é somente a cópia de um livro antigo de evocação e cultos diabólicos da cultura ocidental que fala sobre os demônios, suas hierarquias e poderes, o “Grimorium Verum”. Considerando que este livro já existia muito antes do descobrimento do Brasil e que a Quimbanda como conhecemos é uma religião brasileira afirmo que é errado basear-se neste organograma como base para estudarmos este assunto porém não devemos esquecê-lo pois os Exus, como nós, tiveram já várias encarnações, alguns inclusive viveram nos primórdios da nossa civilização como por exemplo Exu Tata Caveira que foi um Sacerdote no Egito antigo ou inda mais longe Exu Caveira que a 30.000 anos atrás era um nômade bruxo e curandeiro, outrora estes Espíritos já trabalharam no plano astral nesta mesma Linha e alguns até ajudaram a escrever o “Grimorium”, agora pagam o Carma. O Exu quando presta caridade também evolui, além dEles nos ajudarem, através do trabalho, estamos ajudando-os a atingirem grau maior de evolução.
A Umbanda não vive sem a Quimbanda, como a árvore não vive sem a copa ou sem a raiz, então com base em estudos e prática na Quimbanda podemos afirmar que o culto como o conhecemos é o mesmo praticado na maior parte dos Terreiros de Umbanda do Brasil que para obterem equilíbrio em seus trabalhos cultuam as Sete Linhas da Umbanda e as Sete Linhas da Quimbanda, desta forma podemos discorrer aqui sobre o assunto de uma forma mais ampla e que leve a implementar os atuais conhecimentos sobre os Exus. Quimbanda não é sinônimo de satanismo e de jeito nenhum pode ser ligada a obscuridade é apenas um termo usado no Espiritismo é uma forma de estar na vanguarda do Espiritismo e da magia trabalhando a espiritualidade como um todo, uma ferramenta destinada a evolução espiritual através do poder e dos conselhos destes nossos guias protetores, os Exus, que tanto nos auxiliam nas horas de aflição. Embora não devamos julgar sabemos sim que lamentavelmente existem pessoas inescrupulosas e de má índole que usam a magia da Quimbanda para a prática do mal mas isto é culpa exclusiva do homem e não das entidades, não podemos culpar o veneno por matar e sim aquele que o utiliza como arma, não podemos culpar o Exu por fazer o que lhe é pedido mas sim quem se aproveitou deste contato espiritual para pedir que praticasse o mal. Nunca podemos esquecer da imutável Lei do Karma, tudo o que você fizer volta pra você.
Existe muita confusão a respeito do termo Macumba e acho importante esclarecer isto, este nome deriva do Banto “ma-quiumba” que quer dizer espíritos da noite, também este nome era usado no sul do país para definir mulheres negras no tempo da escravidão, por isso o uso do nome ainda hoje é usado de forma preconceituosa por pessoas ignorantes a respeito do assunto. A Macumba pelo que sabemos é o mais primitivo culto sincretista do Brasil e originou-se na região sul dada a sua maior predominância da nação Banto, é desta nação que descendem a maior parte dos cultos afro-brasileiros com influências da Igreja Católica, Indígenas e das nações do Congo, Angola e Nagô. A principal razão do culto ser denominado como Macumba foi justamente por motivo de os rituais serem realizados à noite em razão de os trabalhos serem feitos com Eguns e porque durante o dia os negros trabalhavam sem descanso, vem daí a interpretação errada do ritual pelos leigos, os negros que praticavam a Maquiumba ou como ficou conhecida Macumba eram geralmente menosprezados, perjuriados e mal interpretados pelos que os escravizaram em razão de sua fé. A Igreja também condenava estes cultos com influências indígenas ou africanas dizendo que praticavam beberagens e até orgias. É verdade que as entidades bebem e até pitam e que as curimbas, danças, as vezes são bastante sensuais mas venhamos e convenhamos que entre isto e orgias e beberagem há uma grande diferença. Quando os grupos de nações começaram a procurar e a valorizar mais a sua natureza e identidade cultural é que a Macumba se dividiu, surgiu então o Candomblé de Angola, o Candomblé do Congo, o Candomblé de Caboclo ou dos Encantados e o Catimbó, no final do século XIX surgiu a Macumba Urbana que tinha participação de brancos pobres e descendentes de escravos; finalmente no inicio do século XX surgiram a Umbanda e a Quimbanda com uma forte influência do Espiritismo e com o sincretismo religioso.
A formação da Quimbanda teve uma forte influência dos escravos e índios que sincretizaram Exu com o Diabo por este ser “inimigo dos brancos” e por não aceitarem os Santos Católicos, identificando-se assim mais uma vez com o Diabo. Com o advento da Umbanda começou o trabalho de Quimbanda em Terreiros de Umbanda o que deu sustentação firme aos trabalhos com os, “Compadres”, Exus e assim formatou-se o atual culto da Quimbanda. Na verdade pode-se dizer que a Quimbanda como a conhecemos atualmente nasceu juntamente com a Umbanda em 15 de novembro de 1908 pois uma Linha completa o outra formando esta força que nos da vida e este reino cheio de luz.